O Brasil vive um período nebuloso e vem adiando algumas decisões importantes que influenciam diretamente na vida do povo.
Falta menos de um mês para as eleições e, seja qual for o resultado, o novo presidente precisará enfrentar alguns assuntos urgentes e importantíssimos para o povo brasileiro. Listo, abaixo, cinco pontos fundamentais para a recuperação do Brasil nos próximos quatro anos:
- Mudança para o sistema de voto distrital
Nós lemos e relemos as propostas de todos os partidos e chegamos à conclusão de que, para ter essas reformas, precisaríamos de mudanças constitucionais. A primeira conclusão é que precisamos de uma mudança no sistema eleitoral, onde o parlamentar eleito tenha um compromisso com os programas do partido.
Entendemos que o parlamentar não pode mais ficar mudando de partido ou votando contra os interesses do partido para conseguir coisas do governo. Por outro lado, poderíamos diminuir o número de representantes no Congresso nacional. Por isso, acho que devemos ter o voto distrital.
- Mais critérios para a criação de partidos políticos
Existe uma verba do governo na casa dos R$ 2,7 bilhões que é dividida para os partidos de acordo com o número de deputados. Então, o que nós percebemos é que, se você é capaz de agremiar dois ou três deputados, você tem um partido que não se sabe para que serve e tem o dinheiro do governo.
A mudança de critérios é essencial para diminuir o número de partidos que não possuem nenhum programa programa.
- Reforma da federação com atribuições claras entre União, Estados e municípios
Hoje, cerca de 70% da arrecadação é centralizada no governo federal, que distribui para os estados e municípios. A gente percebe que há uma prevalência ideológica nessa distribuição, que privilegia alguns governadores ou prefeitos.
Em outro ponto, existe município que faz atividade do Estado e Estado que faz atividade da União, principalmente nas áreas da saúde, educação e segurança. Se gasta uma energia muito grande com isso, que acaba, muitas vezes, quebrando o estado ou o município.
Precisamos definir o que cada uma das esferas faz e com qual dinheiro essas ações serão feitas.
- Reforma administrativa
Precisamos mudar o tipo de gestão do Estado. Hoje, o governo cria etapas de administração para poder empregar e quase que 80% do orçamento está engessado com a folha de funcionários.
Um exemplo é o Museu Nacional do Rio de Janeiro, onde 85% do dinheiro destinado ao museu era destinado ao pagamento de funcionário e vimos o que aconteceu.
- Reforma tributária
A reforma sempre foi um desejo do brasileiro, porque quem paga quer pagar menos e quem recebe, o governo, quer receber mais. Quando se faz a reforma, se cria a sinergia entre do papel dos entes da nação e pode otimizar as atividades com os recursos que você tem e possibilitar que o Estado passe a propiciar o crescimento do Brasil.
- Reforma da Previdência
A reforma da Previdência precisa ser feita com clareza. Não se pode jogar nas costas do pobre trabalhador a responsabilidade pelo quebra da previdência.
Nós sabemos que 800 mil funcionários públicos aposentados usam quase R$ 100 bilhões dos cofres públicos para complementar a aposentadoria.
A reforma da Previdência é muito importante, mas essa história de reforma de maneira que possa constituir um fundo para restituir a esses eventos é impossível, pois a necessidade é muito grande diante da possibilidade financeira para se constituir esse fundo.
Muito bem estudados esses pontos, podemos evoluir como nação. É preciso um consenso entre a sociedade e os partidos para que possamos reformar a sociedade.
Por Miguel Daoud.
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