domingo, julho 7, 2024
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    Plano Safra 2022: desafios do Ministério da Agricultura

    A maior preocupação do agro brasileiro neste ano é a instrumentalização do Plano Safra 2022/2023, o processo vai exigir custeios de R$ 20 bilhões. O novo ministro, Marcos Montes reforça o desejo em manter as taxas de juros abaixo da casa dos dois dígitos, a medida atende os menores produtores. Montes admitiu ainda a possibilidade de elevar a exigência de depósitos à vista para crédito rural.

    O ministro deve se reunir com representantes do Banco Central e Ministério da Economia para traçar o próximo Plano Safra. Segundo o Marcos, o abastecimento dos fertilizantes ainda preocupa o governo, mesmo com o fluxo de embarques russos estarem normalizados. A pasta destinará os esforços em duas frentes: importar adubos de outros países e estimular a produção interna.

    Para o ministro o Plano Safra é o assunto mais delicado, segundo Montes o primeiro passo é destravar o Plano Safra 2021/2022 (com a aprovação no Congresso do PLN 1, que libera volume adicional de recursos). O plano deste ano deve ser equalizado em relação ao plano passado, em torno de R$ 13 bilhões. Com base no valor temos que adicionar a diferença de juros do ano passado de 3%-3,75% ao ano para 12% (11,75%, no momento), sem contar a elevação nos custos da produção, afirma o ministro.

    A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), afirma que para oferecer o mesmo montante passado seria necessário cerca de R$ 19 bilhões. Na avaliação do ministro será preciso elaborar um plano que condiz com a realidade do país e considera que nesse quesito estamos em atraso. Em conversa com o presidente da República, Marcos recebeu o pedido para que o Plano Safra seja prioridade na Economia.

    Em relação as taxas de juros para o próximo Plano Safra, é possível que se tenha o aumento. Atualmente a taxa privada gira em torno de 16%, 17%, até 20% ao ano. Mantendo as taxas com dígitos baixos seria possível atender número maior de produtores.

    Outro desafio do Mapa está relacionado ao setor agropecuário. Segundo a OCB o setor pede a maior parte do valor no próximo plano, considerando a elevação nos custos de produção, o montante estimado seria de R$ 330 bi. O questionamento será levado ao Ministério da Economia. “O valor estimado pela OCB vai ao encontro daquilo que nós levantamos. No ano passado trabalhamos na faixa dos R$ 250 bilhões (o governo anunciou R$ 251,2 bilhões para o Plano Safra 2021/22) e quem sabe conseguiremos chegar nesses valores que a OCB disse. Vão nos passar um valor para equalização (de taxas), para abrirmos esse mercado. Se conseguirmos convencer e justificar esse aumento de depósito à vista, para crescer um pouquinho (acima dos 25%), sabemos que cada (ponto) porcentual representa um valor considerável. Quero tratar disso antes da viagem e deixar os técnicos trabalhando para achar esse caminho”, afirmou Marcos.

    O Mapa se preocupa ainda com o Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR), necessário na redução do custo de produção através de auxilio financeiro do governo federal. A cobertura do ano passado chegou a 14 milhões de hectares e para que seja mantida o governo precisa de R$ 510 milhões. Isso precisa acontecer antes do primeiro semestre para que chegue a tempo para a contratação do seguro no plantio da safra de verão.

    No mercado externo o Brasil deve participar de 17 feiras comerciais visando a exploração de mais de 50 mercado internacionais. Atualmente existem negociações em andamento para garantir o suprimento dos fertilizantes.

    O ministro anunciou ainda a vacinação contra a febre aftosa, prevista para ser concluída em novembro. O objetivo é erradicar a doença até o ano de 2026, garantindo a sanidade dos rebanhos.

    O Ministério tem ainda os projetos Agrinordeste, criado para facilitar o acesso ao crédito e gerar renda em mais de 100 mil propriedades rurais e o programa Residência Profissional Agrícola, onde jovens são capacitados e qualificados no agro. Ao todo existem 103 projetos em 56 instituições de ensino e mais de mil jovens residentes.

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