sexta-feira, junho 28, 2024
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    Pesquisadores destacam urgência de medidas baseadas em bioinsumos para o controle de pragas agrícolas

    Um encontro em Goiânia reuniu 20 profissionais de pesquisa agrícola para discutir a necessidade de adotar medidas baseadas em bioinsumos e outras práticas no setor agrícola. Um dos principais focos da reunião foi o monitoramento de mariposas, visando um manejo mais eficaz de lagartas, que são pragas persistentes em safras sucessivas.

    Participaram do encontro pesquisadores e entidades do Brasil e do exterior. Eles também abordaram o aumento da pressão das lagartas em áreas como Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão. Espécies como Helicoverpa spp, Spodoptera frugiperda e Rachiplusia nu têm causado danos cada vez mais severos à soja, ao milho e ao algodão nessas regiões.

    Entre os participantes estavam instituições como Esalq-USP, Universidade do Estado da Bahia, Universidade Federal de Goiás, UNESP Jaboticabal, Embrapa, IMA – Instituto Mato-Grossense do Algodão, Fundação ABC, Fundação MT, Ceres, Gapes, Desafios Agro, Kasuya, Multcrop, Evoterra, Delolo, IGA, Agro Rattes, Agrum, IRAC-BR e GBio. Também se juntaram à discussão os pesquisadores australianos Paul Grundy (Department of Agriculture and Fisheries, Queensland) e Kristen Knight (Bayer Australia). Agricultores bem-sucedidos no Brasil que aderem fortemente a produtos biológicos também participaram presencialmente.

    O professor doutor Celso Omoto, especialista em resistência de pragas da Esalq-USP, destacou a complexidade do controle de lagartas no Brasil, especialmente após a chegada da Helicoverpa armigera em 2013. Ele mencionou que a agricultura no país enfrenta desafios adicionais, como a falta de períodos de entressafra, tornando-a potencialmente insustentável. Omoto ressaltou a importância dos baculovírus como uma ferramenta eficaz no controle de lagartas e enfatizou a necessidade de áreas de refúgio para preservar a biotecnologia.

    Jacob Crosariol Netto, pesquisador do IMA – Instituto Mato-Grossense do Algodão, também elogiou os baculovírus como uma ferramenta fundamental no manejo integrado de pragas, devido à sua seletividade e modo de ação único. Ele destacou que, com a adoção de novas biotecnologias, a resistência de lagartas em soja e algodão poderá aumentar no futuro.

    O agricultor Cristiano Lutkemeyer da Agromeyer, que cultiva diversas culturas em Goiás, relatou que a integração de baculovírus com inseticidas químicos trouxe benefícios significativos à sua lavoura, reduzindo danos às plantas e aumentando os lucros. Ele enfatizou que o uso de produtos biológicos veio para ficar e que a combinação com produtos químicos tem se mostrado bem-sucedida.

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