O Brasil vai precisar de mais do que biodiesel e etanol para ter 18% da matriz energética baseada em biocombustíveis até 2030, como se comprometeu no Acordo de Paris. Análises feitas pela Embrapa Agroenergia apontam que, no cenário otimista mais factível, esses dois produtos poderiam responder por, no máximo, 12,3% do total de energia de que o País necessitaria daqui a 13 anos.
O pesquisador Bruno Galvêas Laviola, da Embrapa Agroenergia, explica que o texto da contribuição estabelecida pelo Brasil (iNDC) não deixa claro se está incluída na meta a bioeletricidade – gerada com a queima do bagaço de cana, por exemplo. No entanto, se for incluída, não haverá ganhos que contribuam para reduzir a emissão de gases de efeito estufa do País em 43%, como se comprometeu o governo. Isso porque, atualmente, a bioenergia como um todo já responde por muito mais do que 18% da matriz energética nacional. O desafio seria chegar a esse índice com os combustíveis veiculares e outros como biogás. “É uma meta audaciosa, se considerados apenas os atuais biocombustíveis”, avalia.
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