domingo, julho 7, 2024
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    Os benefícios da rastreabilidade para a produção e manejo do rebanho

    Por Khrisman Dias, da Redação

    A rastreabilidade animal e o monitoramento do rebanho brasileiro iniciou-se por volta do ano 2000 devido as pressões dos mercados externos, com destaque para a União Europeia. O controle sanitário e maior higiene animal traria mais segurança ao alimento para o consumidor final. O sistema possibilita além do controle do processo produtor, economia e disponibilização de uma carne com alto padrão de qualidade.

    No país temos dois principais momentos de destaque no desenvolvimento da rastreabilidade animal e monitoramento da cadeia produtiva. Um deles foi a criação de um sistema oficial, o “Sistema Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia de Bovinos e Bubalinos (SISBOV)”; e posteriormente no ano de 2009, foi firmado o acordo voluntário relativo aos Termos de Ajustamento de Conduta, TAC, entre o Ministério Público Federal, MPF, e as empresas da indústria frigorifica atuantes na região Amazônica.

    No segundo dia da Acricorte, o presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (IMAC), Caio Penido, falou sobre os desafios e oportunidades da rastreabilidade bovina no estado. Para Caio, o tema é polêmico, principalmente pela pressão do mercado externo. “Sempre nos deparamos com essas questões, a comunicação as vezes é falha e acabamos sendo injustiçados.  Nossa missão é promover a carne de Mato Grosso, e quando chegamos lá fora temos problemas com a questão do desmatamento e emissões do efeito estufa e a rastreabilidade”, pontua.

    O presidente comentou ainda sobre a extrema importância do rastreamento bovino em Mato Grosso, segundo ele, o tema está ligado ao desmatamento e as industrias frigoríficas, a ação mede todo o processo produtivo no momento do abate. Promovendo ainda o desenvolvimento sustentável na cadeia produtiva estadual.

    Penido explica ainda que com o passar do tempo muitas exigências são repassadas ao produtor, dificultando a atividade pelo tempo demandado para legalização do processo. “Sempre estamos cedendo, a origem disso é a percepção da escassez da biodiversidade, estamos em cima de um grande ativo e até hoje foi vista como limitador, mas hoje está virando e estamos vendo como oportunidade. Um dos maiores entraves é a validação do CAR. O que era pra ser nosso grande ativo, transformou-se em limitador do setor”, finaliza.

    A estratégia de conservação traçada foi “pressionar as industrias frigoríficas transferindo toda a responsabilidades para as grandes industrias”, e mesmo com a elevação do custo de produção, a medida acabou sendo vantajosa para os produtores.

    O espaço reservado aos estandes contou com a participação da empresa Datamars, voltada ao desenvolvimento e comercialização de balanças rurais, cercas elétricas e identificação animal. O gerente comercial, Luiz Henrique,  explica que a identificação é essencial para acelerar manejo no curral, controle de pastagem e evitar abcessos. “A identificação vem para eliminar ou minimizar os erros na propriedade. Quando o animal é identificado o tratamento deixa de ser por lote, passando a ser por indivíduo. O trabalho acaba sendo mais preciso”, finaliza.

    Reprodução

     

     

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