Por Hulda Rode
Da Reportagem
Apesar das condições climáticas desfavoráveis e as doenças que influenciam as lavouras, a produção brasileira do café foi estimada em 44,7 milhões de sacas de 60kg para o ano de 2017, é o que aponta o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (21).
A área total de cultivo no Brasil deve alcançar 2,21 milhões de hectares. Desse total, 345,5 mil hectares são de áreas em formação e 1,86 milhão de hectares em produção. O café arábica deve colher 34,07 milhões de sacas e a produção de conilon será de 10,71 mi.
Segundo Aroldo de Oliveira Neto, superintendente de informações de Agronegócios da Conab, o balanço apresenta uma boa produção.
“Se a gente observar o processo que nós estamos, dentro de uma bienalidade negativa do café arábica, principalmente, é o maior produtor. Nós estamos com uma boa recuperação. Nós tivemos condições adversas, essa safra nós estamos com uma boa recuperação, com maior produtividade, somente inferior a 2013 que teve uma queda muito forte, mas você vai ter café para poder suportar o comércio interno, mas externo”, disse.
Estados produtores
Em Minas Gerais, a produção de café deve chegar a 24,04 milhões de sacas de arábica e 334,1 mil sacas de conilon, totalizando 24,38 milhões de sacas.
No Espírito Santo, a estimativa é de que o Estado produza 5,9 milhões de sacas de conilon e 2,9 milhões de sacas de arábica, o que dá um total de 8,8 milhões de sacas.
Em São Paulo deverão ser colhidas 4,37 milhões de sacas. A produção deverá chegar a 3,36 milhões de sacas na Bahia, 1,94 milhão de sacas em Rondônia, 1,21 milhão de sacas no Paraná, 349,1 mil sacas no Rio de Janeiro, 180,1 mil sacas em Goiás, 84,5 mil sacas no Mato Grosso e 7,5 mil sacas no Amazonas.
Entraves
A avaliação da Conab é de que as doenças tem prejudicado muito a produção de café nesse ano. De acordo com Aroldo, as brocas e os bichos mineiros causaram influência nos rendimentos do café. Outro fator são as condições climáticas, que ocorreram de forma localizada nas regiões.
“No Norte de Minas Gerais, teve um problema de adversidade climática, mas em outras regiões houve chuvas atípicas durante a colheita”.