Antecipar a compra de insumos e investir defensivos biológicos são algumas medidas para equilibrar as contas
A produção nos últimos tempos continua com alto custo devido aos fertilizantes. O material que é essencial para a produção agrícola está em falta e o Brasil depende da importação desse produto, principalmente da Rússia. O cenário caótico obriga a busca por estratégias para equilibrar as contas.
O produtor Josuel de Moraes, em Araçoiaba da Serra (SP), possuí plantação de milho com previsão para colheita para o final de agosto. A estimativa é de que seja produzido 140 sacas por hectare.
Para melhorar a margem de lucro o produtor negociou os insumos de forma à vista no final de janeiro, mesmo assim os produtos ficaram 50% mais caros que em 2021. Outra medida para reduzir o custo da produção foi diminuir a dosagem de adubação, cerca de 30% menor que da safra anterior.
O produtor optou ainda pelo uso de de defensivos biológicos, projetando uma economia de 80%. Outra estratégia é o investimento em culturas de inverno, com a boa rentabilidade do trigo no mercado o plantio deve iniciar na próxima semana.
O pesquisador do Cepea, Mauro Osaki, a produção de soja tem projeção passar de 36 sacas para 41 por hectare.
Além das incertezas do mercado, seguido da oscilação do dólar, preocupa os produtores. O setor teme que o cenário prejudique a atividade e reflita em toda a cadeia produtiva. A Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) acredita que não irá faltar fertilizantes no mercado, mas a alta dos preços pode provocar aumento dos alimentos
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