USDA projeta safra global 22/23 cerca de 1% maior ante ciclo anterior com suporte da produção do Brasil
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (27) com alta leve nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte do financeiro, apesar de atenção para dados do USDA com elevação da produção global.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 0,36%, cotado a 19,61 cents/lb, com máxima de 19,73 cents/lb e mínima de 19,40 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 0,42%, a US$ 567,80 a tonelada.
Na semana, o primeiro vencimento no terminal norte-americano caiu 0,81%.
Depois de oscilar em baixa durante parte do dia, as cotações do açúcar subiram nos terminais externos nesta sexta acompanhando o financeiro. O petróleo tinha leve alta e o dólar caía sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações.
Já as oscilações do óleo são fundamentais para definição do mix pelas usinas.
A safra 2022/23 do Centro-Sul do Brasil segue sendo processada, após leve atraso no início dos trabalhos ante os últimos anos. A produção de açúcar nos primeiros 15 dias de maio totalizou 1,67 milhão de toneladas (-30,10%), mas dentro do esperado.
Além disso, o mercado sente pressão da expectativa de colheita positiva também em outras importantes origens.
A produção global de açúcar na safra 2022/23 deve subir 0,94% ante o ciclo anterior, para 182,89 milhões de toneladas, segundo estimativa divulgada nesta sexta-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, em inglês).
O avanço na safra do adoçante deve ter suporte de melhores resultados no Brasil, China e Rússia, compensando a queda na Índia e na Ucrânia.
A Organização Internacional do Açúcar (OIA) também anunciou durante esta sexta-feira em relatório que passou o ciclo 2021/22 em um superávit de 237 mil toneladas, sobre projeção de um déficit de 1,92 milhão de toneladas em fevereiro.
MERCADO INTERNO
O avanço do processamento de cana no Centro-Sul do Brasil tem pressionado as cotações no mercado interno. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,83%, negociado a R$ 130,79 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 152,11 a saca – estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,67 c/lb e queda de 0,70%.
