Apesar de a colheita no Paraná ter sido concluída, a qualidade dos feijões sofreu um impacto significativo, especialmente na região sudoeste do estado. No entanto, isso não impediu que o estado continuasse a enviar diariamente embarques de feijões com diferentes graus de dano. Os valores praticados variam conforme o tipo: o Feijão-carioca é comercializado aos produtores por valores entre R$ 150 e R$ 190 por saca de 60 quilos, enquanto o Feijão-preto é negociado por R$ 230 a R$ 240 por saca.
Essa situação tem sido vantajosa para marcas que priorizam o preço em detrimento da qualidade do produto. Os feijões são direcionados para cestas básicas, periferias e algumas cozinhas industriais, onde a demanda por alimentos é mais sensível aos custos.
O abastecimento também é complementado com feijões colhidos em Goiás, próximo a Brasília. Nessa região, encontramos o Feijão-carioca Pérola, que tem sido negociado por R$ 200, ou seja, abaixo dos preços praticados no Paraná. Além disso, o IAC 2051, conhecido por seu escurecimento lento, alcançou valores entre R$ 210 e R$ 220 por saca de 60 quilos. Goiás, nos últimos 15 dias, abasteceu diversas regiões com um volume considerável, embora isso tenha sido pouco comentado.
Em Minas Gerais, os preços têm se mantido ligeiramente acima desse nível, o que é uma boa notícia para os produtores e comerciantes do estado. Essa situação favorável permite que eles consigam compensar o impacto do ICMS de Goiás, que representa 6,06% do valor da venda, aproximadamente R$ 12 a R$ 13 por saca de 60 quilos.
Esses dados indicam a complexidade e a dinâmica do mercado de feijões no Brasil, com diferentes estados contribuindo para o abastecimento de regiões específicas e com peculiaridades nos preços de acordo com a oferta e a demanda. O Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe) acompanha esse cenário e fornece informações relevantes sobre o mercado de feijões no país.
Fonte: Agro Link
